GT de desenvolvimento social encontra sinais de crime eleitoral

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de istração (FIA). Com agens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

Programa de transferência de renda incluiu 2,5 milhões de pessoas que moram sozinhas, um sinal de duplicidade de membros de uma mesma família

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Foto: Agência Brasil

As mudanças sofridas pelo programa de transferência social causaram uma série de distorções no Cadastro Único, segundo a ex-ministra Tereza Campello, uma das coordenadoras do Grupo de Trabalho de Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Em entrevista coletiva, Tereza revelou oito mudanças ao longo de três anos, sendo a mais grave a inclusão de 2,5 milhões de pessoas que moram sozinhas, em um sinal de duplicidade de membros de uma mesma família.

Tal inserção preocupa uma vez que o aumento das chamadas famílias unipessoais foi apurado nos últimos 12 meses, sendo metade deles a partir do mês de agosto de 2022.

Segundo o coordenador de Grupos Técnicos da Transição, Aloizio Mercadante, tais dados mostram “indícios evidentes” de crime eleitoral, e que a responsabilidade por tais erros será cobrada na justiça.

“Nós vamos representar em todas as instâncias. Eles vão ter que se explicar. Onde houver indícios de irregularidade, nós vamos exigir uma rigorosa apuração. O país precisa de transparência. Isso foi uma violação brutal do processo eleitoral”, completou.

Insegurança alimentar

Segundo Márcia Lopes, ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, a população que sofre com insegurança alimentar encontra-se em situação de absoluta calamidade e desespero.

“Nós temos uma situação, de fato, de terra arrasada. Nós temos um cenário de muita fome, para além dos 33 milhões, 125 milhões estão em situação de insegurança alimentar, e considerando a extensão do Brasil, a diversidade territorial, racial, étnica, das comunidades indígenas, de fronteira, dos migrantes, enfim, das mulheres, das crianças, de todo ciclo de vida, nós, de fato, encontramos uma situação de absoluta calamidade e desespero”, disse.

A ex-ministra ressalta que tal quadro é grave do ponto de vista orçamentário, financeiro, do ponto de vista da concepção do Estado Democrático de Direito, do ponto de vista da construção da intersetorialidade das políticas.

“Tudo aquilo que a coordenação do Fome Zero, depois, do Brasil Sem Miséria, que integrava as políticas públicas na área de segurança alimentar, na alimentação escolar, nos programas todos, na vigilância nutricional, com a presença dos municípios pelos seus serviços públicos, pelas escolas, pelas UBS, pelos CRAS, pelos CREAS, isso tudo está absolutamente fragilizado”, ressalta.

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