Bolsonaro volta a atacar STF e diz que irá às “últimas consequências” por “liberdade de expressão”

Carla Castanho
Carla Castanho é repórter no Jornal GGN e produtora no canal TVGGN

Em evento do PL, ex-presidente reafirmou sua crença de que os EUA, na figura de Trump, são exemplo para uma suposta virada no Brasil

Lula Marques – Agência Brasil

Durante o 2º Seminário Nacional de Comunicação do PL, realizado nesta sexta-feira (30) em Fortaleza, o ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a levantar suspeitas sobre a atuação do Judiciário brasileiro, e, ao lado de aliados, afirmou que está disposto a ir “às últimas consequências” em nome da liberdade de expressão — conceito que, segundo ele, está sendo cerceado no Brasil.

“Liberdade de expressão é a nossa alma, é o nosso oxigênio. Não podemos itir que ela seja cerceada. Dá para mudar, tem que mudar. Vamos lutar”, disse Bolsonaro, numa fala marcada por ataques indiretos ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e referências elogiosas a Donald Trump.

Durante o evento do partido, Bolsonaro elogiou a presença de representantes do Google e da Meta, dizendo que “estão do lado certo” na batalha digital. E reafirmou sua crença de que os EUA — na figura de Trump — são exemplo para uma suposta virada no Brasil.

Mas o que se viu em Fortaleza foi mais do que retórica inflamável. O seminário foi marcado por uma participação robusta das big techs, que ocuparam espaço privilegiado no palco. Enquanto cada deputado e senador teve entre 3 e 5 minutos para falar, o Google contou com 45 minutos de apresentação, seguido por 30 minutos da Meta. O encerramento ainda contou com um workshop prático do CapCut, aplicativo de edição de vídeos, com dicas de como produzir conteúdo mais “engajador” para as redes.

A declaração ocorre em meio a uma crescente articulação internacional envolvendo o filho do ex-presidente, que está nos EUA. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem se reunido com parlamentares e representantes do governo norte-americano em agendas que, oficialmente, tratam de temas como liberdade de expressão e censura em plataformas digitais, movimentação vista como uma tentativa de angariar apoio externo diante das investigações que miram Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

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11 Comentários

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    1. O aprisionado nos delírios e fantasias, na patologia do poder, rejeita toda a realidade e fica escravo do ódio, da oralidade desenfreada e do dinheirismo.
      A isso chamam de liberdade de expressão, o que é apenas escravização de si a vícios e manipulacão.

    1. Pelas mãos de uma centro-direita corrupta e anti-nacional, de uma justiça corrompida e anti-nacional, de umas forças armadas estacionadas na guerra fria e infestadas de beócios que batem continência pra bandeiras alheias, e de um povo carente de equidade e educação, cooptado por vendilhões do templo, também asseclas dessa outra bandeira

    2. Pelas mãos de uma centro-direita corrupta e anti-nacional, de uma justiça corrompida e anti-nacional, de umas forças armadas estacionadas na guerra fria e infestadas de beócios que batem continência pra bandeiras alheias, e de um povo carente de equidade e educação, cooptado por vendilhões do templo, também asseclas dessa outra bandeira

  1. “2º Seminário Nacional de Comunicação do PL” Que que é isso? Aula de como fazer fake news e criar uma realidade paralela?

    A cara e voz da comunicação do PL , seja lá o qe for isso, é o Malafaia , o Bispo da Grana e o Bozo, popular Capetão.

    Melhor metafora imposivel: “Deus” (grana e poder) e o diabo andando de mãos dadas

  2. As autoridades norte-americanas presumem que a legislação dos EUA tem efeitos extra-territoriais para alcançar o que ocorre em outros países e/ou tratam a internet como se ela fosse uma extensão do território norte-americano. Isso é extremamente inadequado. É evidente que ninguém pode proibir um império decadente de se agarrar à uma tábua de salvação antes de afundar complemente. Todavia, desde os Tratados de Munster e Osnabruck em 1648 as relações internacionais são baseadas em três princípios fundamentais: reconhecimento mútuo universal da soberania estatal ; não intervenção nos assuntos de um país estrangeiro; reciprocidade de tratamento. A agressão dos EUA ao Brasil é inissível. Mas em decorrência dela o Brasil adquiriu o direito soberano de tratar os norte-americanos na mesma moeda (reciprocidade), portanto o PGR deveria começar a investigar o “núcleo internacional” do golpe. Qualquer autoridade que demonstra apoio retroativo à conduta criminosa de Jair Bolsonaro e a quadrilha de políticos, policiais, milicianos, militares e nóias que invadiram prédios públicos em Brasília deve ser tratada como suspeita de ter incentivado, apoiado, dado e diplomático, tecnológico e monetário ao golpe de estado à época. Coautoria material ou intelectual do golpe de estado não deixa de ser crime idêntico ao cometido pelos Bolsonaro. O Brasil pode julgar qualquer um com base em sua legislação (Donald J. Trump incluído). E muito embora a condenação não produza efeitos no exterior ela produzirá efeitos em nosso território para reorientar a política externa. A Embaixada do país comandado por um criminoso condenado pode ser fechada. A missão diplomática norte-americana pode ser expulsa. Acordos firmados para a concessão de Alcântara e outros podem ser rompidos. The end. Chega de fazer salamaleques para os gringos. Só os brasileiros mandam no Brasil.
    A fala de Bolsonaro só tem uma consequência: agravar a suspeita de que além de golpista ele age como agente de uma potência estrangeira no território brasileiro para minar a soberania do país.

  3. O aprisionado nos delírios e fantasias, na patologia do poder, rejeita toda a realidade e fica escravo do ódio, da oralidade desenfreada e do dinheirismo.
    A isso chamam de liberdade de expressão, o que é apenas escravização de si a vícios e manipulacão.

  4. O coiso não precisa se preocupar com a liberdedade de expressão, pois quando de sua prisão pelos crimes cometidos, poderá exprimí-sa livremente na cadeia.

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